Pensamento livre
A formação deficiente dos professores e a falta de
conhecimento dos softwares livres limitam seu uso nas escolas por esses não compreenderem
a importância cultural, política e filosófica do uso dessas tecnologias nas
salas de aula. A possibilidade de executar, estudar, distribuir ou até
modificar torna o uso desse tipo de software interessante por alunos e
professores, podendo inclusive ser utilizado por toda a comunidade, tornando
assim mais democrático o uso das tecnologias e do conhecimento, deixando de ser
apenas consumidor de produtos de fora e dominando o uso de tecnologias
utilizadas.
Nos softwares privados o conhecimento fica restrito ao seu
proprietário, isso por interesses econômicos e financeiros, criando assim meios
de controlar a produção, distribuição e conhecimento desses bens imateriais,
causando uma escassez artificial desses bens utilizando estratégias como a
proteção dos direitos de cópia, o controle do acesso, a obsolescência
programada e a associação do produto a outro que tenha valor de troca,
garantindo assim a sua lucratividade
O modelo de software livre é baseado na colaboração de
inúmeras pessoas ao redor do mundo a partir de uma produção descentralizada,
cooperativa e criativa quebrando assim a lógica do mercado e a centralização da
informação e do conhecimento, além de estar em constante desenvolvimento,
solucionando problemas ou erros que possam conter, tornando-os mais seguros e
robustos, e tornando mais democrático o uso desses bens imateriais.
Trazer esse tipo de software livre para as escolas pode
ajudar a inserir o maior número de indivíduos a tecnologias de informação e
todo o conhecimento, além de conflitar com o mercado perverso que impõe e
limita aquilo que podemos ou não saber e aprender.
E isso faz uma grande diferença para um país em desenvolvimento como o Brasil, pois abre a possibilidade de também sermos produtores de tecnologia e não meros usuários das tecnologias desenvolvidas fora
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